quinta-feira, 14 de abril de 2011

Diário

Tem dias em que é difícil escrever... a palavra exata às vezes foge, escorre pelos dedos. Olhei para alguns dos textos que tenho prontos, mas nenhum deles pareceu ecoar hoje.

Folheando livros e cadernos, caçando inspiração nas minhas coisas, achei meu diário de 15 anos. Na verdade, “15 anos e 10 dias, às 12h20” – foi essa a data e o horário do primeiro registro. E admito que nada me pareceu mais apropriado do que “tomar emprestado” as minhas próprias palavras, escritas há pouco mais de 17 anos, porque, sim, elas ainda fazem sentido (os trechos em itálico são meus comentários atuais):

“(...) E, como ainda pretendo ser uma autora, quem sabe um dia esse diário vira um livro?” Por que será que escrevi 'ainda'? Eu só tinha 15 anos! Mas acho, e hoje vale o ainda, que isso pode acontecer. Só não vou, de forma alguma, publicar meu diário...

“(...) Mas, como nenhuma verdade é eterna aos 15 – bom, hoje eu sei que nenhuma verdade é eterna, nunca! – , muita coisa pode acontecer, muitos amores para viver, muito a aprender, muito a melhorar, e até mesmo, de repente, errar, prá poder ter a experiência!”

Acho que a garota de 15 mudou bastante, mas a essência está aí. Acredito profundamente em tudo isso e quero muito viver, aprender, melhorar, e errar, por favor, porque tentar ser perfeita é um fardo pesado demais.

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