segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Candura

Para minha pequenina, a última palavra exata.

No dia
cor de rosa e azul
a vida amanheceu
cálida
e a noite estrelada a abraçou
suave surpresa

A vida,
agora.
Embalar o ninho.

Vida
acalentando vida.

Lágrimas
e sorrisos.

Para finalizar

"Enquanto a maré banhava a areia da praia, o Homem das Tulipas Holandês contemplava o oceano:
– Juntadora treplicadora envenenadora ocultadora reveladora.
Repare nela, subindo e descendo, levando tudo consigo.
– O que é? – Anna perguntou.
– A água – respondeu o holandês. – Bem, e as horas."

Peter Van Houten, Uma aflição imperial in A culpa é das estrelas, John Green.


Tanto escrevi e tanto senti nas palavras derramadas neste blog... palavras para definir, palavras para lembrar, palavras para criar... para recriar os sentidos... palavras que se tentaram exatas em meio à (in)exatidão da vida.

Minutos e horas, dias, semanas e meses depois do último post... água passando por nós, água pela vida afora... não questiono mais o que há de exato na vida. Vida encantadora, fluindo como água sobre nós, mais que exatidão, hoje acalento a sabedoria e a serenidade para admirá-la, nela mergulhar, deixar fluir, seguir... viver.