quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Leitura

Quando as palavras são exatas?

Quantas são as leituras possíveis?

O que escrevo, como é lido por você? Qual é a leitura exata? O quanto a leitura de uma palavra, de uma frase,  de um momento, depende do contexto? O quanto depende de seu conhecimento prévio? O quanto depende do status quo? Quais são as circunstâncias que tornam a leitura exata?

Quando escrevo um texto que não é científico... quando não estou escrevendo com o rigor necessário em uma pesquisa... como avaliar a primazia de um texto reflexivo? Como considerar a verdade das palavras que me são exatas? Quão exato é um sentimento? Nossas ações são exatas na medida em que refletem nossos princípios? E nossos sentimentos?

Onde está a exatidão, em nossas vidas? Qual a exata leitura da sua vida, no momento exato em que você lê essas palavras? Você está exatamente onde, e com quem deseja estar?

Existe exatidão... na vida?


"Nós vivemos dentro de uma possibilidade de ver que é nossa, que vê nem - supondo que nossos olhos são sãos, normais - que vê nem... nem de menos, nem de mais. E para tornar isso claro, eu digo que, se o Romeu, da história, tivesse os olhos dum falcão, provavelmente não se apaixonaria por Julieta. Porque os olhos dele veriam uma pele, que.. não seria a verdade de se ver."
José Saramago


"A realidade real não existe, na verdade. Sempre é um olhar, um olhar condicionado. Cada experiência de olhar é uma experiência. A gente não conhece as coisas como elas são, só mediadas pela nossa experiência."
Paulo César Lopes.

Ambos no lindo Janela da Alma. (grifos meus).

2 comentários:

  1. Quantas perguntas difíceis de responder...

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  2. Alice, e não é isso mesmo? A gente pensa ter respondido uma pergunta... e outra vem, e bate à nossa porta. A leitura que faço desse texto agora, já difere da leitura que fiz quando o escrevi. A vida é um fluxo contínuo. Beijos, e obrigada pelo comentário.

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