domingo, 2 de outubro de 2011

Sutil


Comecei a dirigir e não liguei o rádio, tampouco o ar condicionado. Abri as janelas para deixar o ar entrar e ventilar. A luz do sol filtrou a paisagem e criou desenhos sinuosos no chão. O vento entrando pela janela do carro me contou que mais tarde iria chover...

Às vezes nada como dar-se conta da impermanência de todas as coisas na vida. Às vezes nada como reduzir os estímulos para perceber o sutil, o essencial. Ar nos pulmões, a vida entrando pelos sentidos e pulsando nas vísceras, veias e artérias. Isso é o essencial, e é tudo que sutilmente preciso.


E vou contar esta história para provar que sou sublime.”
Fernando Pessoa, por seu heterônimo Álvaro de Campos, em Tabacaria,
com uma mínima adaptação desta que vos escreve.



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