Comecei
a dirigir e não liguei o rádio, tampouco o ar condicionado. Abri as
janelas para deixar o ar entrar e ventilar. A luz do sol filtrou a
paisagem e criou desenhos sinuosos no chão. O vento entrando pela
janela do carro me contou que mais tarde iria chover...
Às
vezes nada como dar-se conta da impermanência de todas as coisas na
vida. Às vezes nada como reduzir os estímulos para perceber o
sutil, o essencial. Ar nos pulmões, a vida entrando pelos sentidos e
pulsando nas vísceras, veias e artérias. Isso é o essencial, e é
tudo que sutilmente preciso.
“E
vou contar esta história para provar que sou sublime.”
Fernando
Pessoa, por seu heterônimo Álvaro de Campos, em Tabacaria,
com uma mínima adaptação desta que vos escreve.
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