ou
Ciclo - a sensação exata para minhas férias.
Fui para Minas,
terra da minha mãe, da minha avó, da minha bisavó, terra da minha
querida Letícia, me refazer. Fui para Minas para (re) nascer.
A
vida, bondosa e gentil, não me mimou apenas com queijos e doces. A
vida me colocou em Poços de Caldas, perto da casa da minha bisavó.
A vida me fez passar pela praça onde a bandinha toca à noite no
coreto. E me fez passar também pela Rua Assis e pela Rua Rio de
Janeiro, e pela Rua São Paulo. A vida fez meu coração transbordar
os sentimentos e brotar lágrimas nos olhos.
Depois,
em Campestre, a vida me fez decidir caminhos, sozinha na estrada de
terra. Direita ou esquerda? Morro acima, ou morro abaixo? Enfrento
aquela vaca imensa, com chifres, mugindo e vindo em minha direção
(ai, meu Deus!), só para chegar onde eu havia planejado, ou saio
pela tangente, mudo o rumo?
Um
dia depois, a vida de novo me encanta... e aí eu descubro que as
amoras, maduras, também podem ser da cor verde (!), e deliciosas...
lembrei de Piaget, e pensei que, naquele instante, eu estava em um
processo de assimilação, para depois equilibrar tudo, sensorial e
epistemologicamente.
O
quanto da vida nós não sabemos? Quais são os sabores que não
conhecemos? O quanto a vida nos surpreende? Quanto há, ainda, por
saber?
Vida...
deliciosa, surpreendente... fruto inacabado. Fruto verde.
“Em
tudo há um sentido.” – fala do personagem Jin, em Um Conto
Chinês.
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