Mas essa música é muito especial, e não há nenhuma outra que possa dar conta de todos os sentimentos que transbordam em mim agora...
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Para compartilhar
Não acho que esse vídeo seja lindo, definitivamente...
Mas essa música é muito especial, e não há nenhuma outra que possa dar conta de todos os sentimentos que transbordam em mim agora...
Mas essa música é muito especial, e não há nenhuma outra que possa dar conta de todos os sentimentos que transbordam em mim agora...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
sábado, 24 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Suspensão
Ah, vida...
Esse blog - e sua autora - vão ficar um tempo em suspensão.
Até a volta!
"Isso também passará"
Maude, personagem da brilhante Glória Menezes, no tocante Ensina-me a Viver.
Esse blog - e sua autora - vão ficar um tempo em suspensão.
Até a volta!
"Isso também passará"
Maude, personagem da brilhante Glória Menezes, no tocante Ensina-me a Viver.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Inusitado
Para 18 de setembro, domingo.
É
inusitado, mas, às vezes, me falta a palavra exata... anomia.
Às
vezes falta a palavra que vai descrever com exatidão as sensações.
Falta a palavra para falar sobre como o inusitado, tanto quanto
inesperado, pode ser extraordinariamente bom, na vida. Às vezes
falta a palavra para descrever a alegria, quando sabemos que há
tantos caminhos, na vida, por andar.
Que
me falte a palavra, às vezes. Mas que não me falte a coragem,
tampouco o amor que tenho pela vida.
Vida
Para sábado, 17 de setembro de 2011.
Pode ser simples, simples e deliciosa, a vida.
Basta uma manhã de sol, no parque, vendo sua sobrinha brincar.
Pode ser simples, simples e deliciosa, a vida.
Basta uma manhã de sol, no parque, vendo sua sobrinha brincar.
sábado, 17 de setembro de 2011
Ecos
Para sexta, 16 de setembro de 2011.
No dicionário, a definição de eco é "repetição de um som refletido por um corpo".
Minha memória, agora, está reverberando ecos... ontem, ontem, ontem.
Luz e sabor e cheiro e cor e som.
Ontem.
No dicionário, a definição de eco é "repetição de um som refletido por um corpo".
Minha memória, agora, está reverberando ecos... ontem, ontem, ontem.
Luz e sabor e cheiro e cor e som.
Ontem.
Will you ever welcome me?
Will you show me something that nobody else has seen?
R.E.M., E-Bow The Letter.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Amor
Queria escrever agora a palavra mais bonita. Queria que meus lábios encontrassem nesse instante o vocábulo preciso, definitivo, que minha fala fosse articulada por um seqüência harmônica de sons. Queria transmitir alegria.
Mas, por um momento, meu coração se encheu de tristeza. Às vezes a gente perde o sabor da alegria por sabê-la tênue e fugaz. Isso só me faz reconhecer a minha humanidade... meu coração é morada generosa. Lá habitam minha alegria, e também minha tristeza. Lá habita também meu amor. E este, este eu dou para quem o quiser. Mas, sobretudo, para quem eu quiser.
"Nós somos feitos do tecido de que são feitos os nossos sonhos"
William Shakespeare, The Tempest (trecho sublinhado - meu).
Para ouvir: Walking After You, Foo Fighters.
Para assistir: Sociedade dos Poetas Mortos.
Mas, por um momento, meu coração se encheu de tristeza. Às vezes a gente perde o sabor da alegria por sabê-la tênue e fugaz. Isso só me faz reconhecer a minha humanidade... meu coração é morada generosa. Lá habitam minha alegria, e também minha tristeza. Lá habita também meu amor. E este, este eu dou para quem o quiser. Mas, sobretudo, para quem eu quiser.
"Nós somos feitos do tecido de que são feitos os nossos sonhos"
William Shakespeare, The Tempest (trecho sublinhado - meu).
Para ouvir: Walking After You, Foo Fighters.
Para assistir: Sociedade dos Poetas Mortos.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Memória
Pesquisas
atuais demonstram que alteramos nossas memórias. O fato é
armazenado não como aconteceu, mas passa pelo filtro das nossas
experiências prévias e de nossas emoções. Podemos, inclusive,
criar falsas memórias, considerando verdadeiro algo que não
ocorreu.
Daqui a 10 anos, qual será sua lembrança do dia de hoje? Foi
um dia que lhe marcou? Ou foi apenas “mais um dia”? Hoje você foi
feliz? Qual cor, qual palavra, qual sabor ficarão em sua memória
para falar sobre hoje, no futuro?
Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada.
Odes de Ricardo Reis
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Paradeiro
Rabiscou a palavra amor em um pedaço de papel.
Mais tarde, procurou... na agenda, nos bolsos da calça e do casaco. Entre os livros de cabeceira, junto da pasta de contas a pagar e dentro da gaveta com documentos. No porta-luvas do carro, na necessáire e junto dos bilhetes na geladeira. Dentro do portas-jóias? Junto dos tricôs, na gaveta?
Cadê?
Cadê?
Mais tarde, procurou... na agenda, nos bolsos da calça e do casaco. Entre os livros de cabeceira, junto da pasta de contas a pagar e dentro da gaveta com documentos. No porta-luvas do carro, na necessáire e junto dos bilhetes na geladeira. Dentro do portas-jóias? Junto dos tricôs, na gaveta?
Cadê?
Cadê?
"Todos os dias quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra amor."
Clarice Lispector
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Cor
Para os olhos, preto.
Para o perfume, verde.
Para a roupa e os lábios, vermelho.
O coração, quente, bombeava a dúvida: será?
Porque a vida tem mais sabor colorida.
Para o perfume, verde.
Para a roupa e os lábios, vermelho.
O coração, quente, bombeava a dúvida: será?
Porque a vida tem mais sabor colorida.
Questão
Para domingo, 11 de setembro de 2011
Dez anos depois... um memorial, muitas cerimônias, muitas histórias, muitas lembranças.
Ontem muitos familiares puderam celebrar e enterrar simbolicamente seus mortos. E isso é muito bom. Faz parte do humano a necessidade de ritualizar o começo, a trajetória, o fim.
Além de todas as possíveis interpretações políticas e econômicas, além de todas as análises sobre os acertos e os erros das estratégias que se seguiram depois de 11 de setembro de 2001, resta a questão sobre a trajetória maior, a da humanidade. ...
Será que um dia saberemos viver com mais humildade, fraternidade e sabedoria? Ou será que estamos inexoravelmente destinados a viver sem nos entender?
Dez anos depois... um memorial, muitas cerimônias, muitas histórias, muitas lembranças.
Ontem muitos familiares puderam celebrar e enterrar simbolicamente seus mortos. E isso é muito bom. Faz parte do humano a necessidade de ritualizar o começo, a trajetória, o fim.
Além de todas as possíveis interpretações políticas e econômicas, além de todas as análises sobre os acertos e os erros das estratégias que se seguiram depois de 11 de setembro de 2001, resta a questão sobre a trajetória maior, a da humanidade. ...
Será que um dia saberemos viver com mais humildade, fraternidade e sabedoria? Ou será que estamos inexoravelmente destinados a viver sem nos entender?
sábado, 10 de setembro de 2011
Reflexo
Olhou-se no espelho. Descobriu em si virtudes, desejos, defeitos. Tudo era novo. Como não se deu conta de nada daquilo antes?
O que era tudo aquilo que já tinha feito até agora? Ensaio? Arremedo? Não, arremedo não, posto que verdadeiro. Ensaio? Também não, porque foi tudo intensamente real.
O que faria, agora? Perguntou de novo para seu reflexo... mas ele não ouvi a pergunta, e não respondeu.
O que era tudo aquilo que já tinha feito até agora? Ensaio? Arremedo? Não, arremedo não, posto que verdadeiro. Ensaio? Também não, porque foi tudo intensamente real.
O que faria, agora? Perguntou de novo para seu reflexo... mas ele não ouvi a pergunta, e não respondeu.
"Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!"
Álvaro de Campos - Fernando Pessoa, Tabacaria.
Conhecimento
A palavra exata para 09 de setembro, sexta-feira.
Conheceu o outro. Descobriu, depois, que conhecia a si mesmo. Pensou em essência de baunilha... sozinha, não poderia dar-se a conhecer. Entremeada em suas relações com outros ingredientes, adocica levemente, perfuma, encanta.
Desejou então a essência... de baunilha, de gengibre, de chocolate, de pimenta. O perfume do limão e da hortelã. Toda a palheta de cores e sabores, queria todas, não para si, mas para ser.
Conheceu o outro. Descobriu, depois, que conhecia a si mesmo. Pensou em essência de baunilha... sozinha, não poderia dar-se a conhecer. Entremeada em suas relações com outros ingredientes, adocica levemente, perfuma, encanta.
Desejou então a essência... de baunilha, de gengibre, de chocolate, de pimenta. O perfume do limão e da hortelã. Toda a palheta de cores e sabores, queria todas, não para si, mas para ser.
Representação
A palavra exata para 08 de setembro, quinta-feira.
Representou um papel diferente do que o que adotava, normalmente. Mudou tudo, de uma só vez. Tão difícil mudar... ainda mais assim, tudo, de uma vez só...
Poderia não ser... de fato ele disse que não, quando ela perguntou. Ela sorriu, não argumentou, mas pensou: "representação".
Representou um papel diferente do que o que adotava, normalmente. Mudou tudo, de uma só vez. Tão difícil mudar... ainda mais assim, tudo, de uma vez só...
Poderia não ser... de fato ele disse que não, quando ela perguntou. Ela sorriu, não argumentou, mas pensou: "representação".
O que somos, afinal? Aquilo que pensamos ser? Aquilo que representamos (para nós e para os outros)? O que e quanto sabemos, de fato, sobre nós mesmos?
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Tempo
Tina, amiga querida... para nós.
Percebeu a passagem do tempo pelas marcas que agora existiam ao redor dos olhos. Essas eram novas. Fios de cabelo brancos, entre os castanhos, já contavam que os grãos de areia passavam inexoravelmente pelo gargalo da ampulheta... mas as marcas em sua face, essas eram novas.
Chorou lágrimas adocicadas, lágrimas de tristeza e de alegria. Àquela altura da vida, nunca antes suas certezas estavam tão abaladas - seus princípios tão postos à prova. Nunca antes seus conhecimentos foram tão exigidos. Nunca antes precisou tanto (des) aprender.
A vida nos toca e nos provoca, a todo o tempo. O tempo passa e nos marca, pela vida afora.
Percebeu a passagem do tempo pelas marcas que agora existiam ao redor dos olhos. Essas eram novas. Fios de cabelo brancos, entre os castanhos, já contavam que os grãos de areia passavam inexoravelmente pelo gargalo da ampulheta... mas as marcas em sua face, essas eram novas.
Chorou lágrimas adocicadas, lágrimas de tristeza e de alegria. Àquela altura da vida, nunca antes suas certezas estavam tão abaladas - seus princípios tão postos à prova. Nunca antes seus conhecimentos foram tão exigidos. Nunca antes precisou tanto (des) aprender.
A vida nos toca e nos provoca, a todo o tempo. O tempo passa e nos marca, pela vida afora.
Pleonasmo
Para terça-feira, 06 de setembro.
Por mais que tentasse, não conseguia enxergar ou fazer nada de novo. Decidiu parar de falar antes que o discurso embaralhasse. Ainda assim, o pensamento, traiçoeiro, deu tantas voltas ao redor de si mesmo, que se emaranhou. Não, não era bem aquilo, mas só pensava em pleonasmo.
Por mais que tentasse, não conseguia enxergar ou fazer nada de novo. Decidiu parar de falar antes que o discurso embaralhasse. Ainda assim, o pensamento, traiçoeiro, deu tantas voltas ao redor de si mesmo, que se emaranhou. Não, não era bem aquilo, mas só pensava em pleonasmo.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Pouco
Eles estavam na plataforma do trem. Entardecia.
Um vento úmido soprava lembranças.
Ela remexeu os bolsos do casaco. Encontrou uma foto antiga, uma tampa de caneta Bic perdida, um prendedor de cabelo e um pedaço de papel, ainda branco.
Suspirou resignada.
Era pouco.
Mas era tudo o que tinha.
domingo, 4 de setembro de 2011
Afeto
Mais
uma história sobre Antônia...
A
princípio eu queria contar uma história só, mas o post ficaria
muito longo, e eu achei que seria melhor apresentar a personagem, o
que por si só já construiu um texto, sobre beleza e a complexidade
do feminino.
Essa foi a história que primeiro me motivou a escrever...e fala sobre como
o afeto pode se manifestar de muitas formas em nossa vida.
Antônia
compartilha sua rotina de trabalho com um senhor, igualmente
solteiro, idades próximas, a quem chamarei de João. A mim,
expectadora eventual, encanta ver como eles se tratam, com zelo e
cuidado, um dia após o outro. No aniversário de João, Antônia
comprou-lhe não sei quantas peças de roupas – ela sabia
exatamente do que ele estava precisando. Todas as manhãs, Antônia
prepara o café, traz o pão quentinho, e, entre uma demanda e outra,
eles partilham a primeira refeição do dia.
Dias
desses, Antônia se desgostou com a conduta adotada por sua chefe de
trabalho – e com toda a razão, diga-se de passagem. No dia
seguinte, assim que teve oportunidade, João tratou de defender sua
colega de trabalho, sua cara amiga, e procurou pela chefe para
dizer-lhe tudo o que achava estar errado em suas rotinas de trabalho.
Não que Antônia não pudesse se defender por si só. Ela não só poderia, como o fez. É que João não poderia deixar tudo aquilo
passar em brancas nuvens. Era preciso cuidar de sua colega, sua
adorada amiga, e fazer valer sua voz. E lá foi ele, homem, cuidar e
proteger.
Assim
como Antônia, mulher, dele cuida e protege, no tempo e no espaço
que eles compartilham afetuosa e diariamente.
sábado, 3 de setembro de 2011
Antônia
Essa
é verdadeira...
Conheço uma
mulher, a quem chamarei, aqui, de Antônia. Antônia,
não o nome real – ainda que o verdadeiro seja lindo... mas um nome
forte, tão forte como a personalidade dessa mulher.
Por
razões não totalmente conhecidas – vai saber o que em nossa vida
é escolha, o que é fruto de algo além de nosso controle –
Antônia optou por não se casar. Solteira, sem filhos, empregou em
seu trabalho toda sua vocação de cuidado, toda a vontade de servir
ao humano, de organizar e de melhorar o mundo a sua volta. Antônia
segue, um dia após o outro, incansável, transformando o mundo a sua
volta.
O
que há de mais belo nessa mulher, entretanto, não é o fato de como
ela transforma em extraordinário tudo de comum que toca diariamente.
A beleza maior reside na sua fragilidade. Às vezes parece que nem
ela própria se dá conta – além de toda aquela força, a
fragilidade feminina e doce que existe, e que ecoa em todos os seus
atos.
Assim
é Antônia: mulher forte, frágil, doce. Mulher como tantas de nós,
e ainda assim como poucas, infelizmente.
Aftas
A palavra exata para sexta-feira, 02 de setembro. Ela demorou para nascer...
Escrevo
porque gosto muito, desde sempre, acho que gostei das letras antes
mesmo de aprender a ler. Foi quando tomei uma sopa de letrinhas, eu
era muito criança, e formei a palavra “AFTA” na beira do prato.
Depois disso, enquanto crescia, tive afta tantas e tantas vezes, e, por muito tempo, eu
acreditei que era por isso.
Já faz tempo
que as aftas se foram, ainda bem... mas hoje eu lembrei disso porque o que se escondeu foi minha capacidade de organizar letras e formar palavras, e palavras em frases. Hoje foi difícil escolher a palavra do
dia, e sintetizar tudo, sabe?
Sei que você
reparou que eu preenchi o silêncio com palavras eloqüentes, só
para afirmar para mim mesma e para o mundo que estava bem, estava
tudo bem.
A verdade é
que estou bem, sim, mas não é tão simples assim.
Seja como for... o que é simples nesta vida, afinal? Acho que aftas na
infância. Aftas devem ser simples.
Para ouvir: November Rain, Patience, ou outra do Guns N´Roses. Ou ainda Roxette, Sinead O´Connor, Losing my Religion do R.E.M., ou qualquer outra que te faça lembrar da sua adolescência, de 1995.
Assinar:
Postagens (Atom)