domingo, 16 de outubro de 2011

Dor

Lá fora, chove. Respingos de chuva na janela. Abro-a, e deixo o vento entrar.

Hoje os sinos não badalaram. Olho em volta e não encontro verso algum que dê conta do que me vai pela alma.

Cadê minha voz? Onde guardaram as palavras? Há palavras soltas pela sala... encontro cheiros e gostos na cozinha. Onde estão as palavras exatas?

As lágrimas embotaram minha visão.

E não há mais nada que se possa fazer.

Está feito.

A maior tristeza do mundo.

Cadê você?

Cadê minha voz? Eu queria gritar, mas minha voz não sai.

Calada, deixo tudo aflorar. A maior tristeza do mundo.

A dor mais triste do mundo.

Estou só.

Nenhum comentário:

Postar um comentário