sábado, 26 de novembro de 2011
Metade
E então a meia verdade – porque a verdade, já sentenciou Drummond, existe apenas pela metade – a meia verdade do outro se fez conhecer.
Para conhecer bem – as meias verdades, sejam as nossas ou as dos outros – é preciso ouvir atentamente. Ouvir com atenção, ouvir com o coração. Silenciar sua mente, o mais que puder, e ouvir. Ouvir com a alma.
Eu ouvi com a minha alma. E descobri que na meia verdade do outro está a inteireza da sua dúvida. Porque a palavra e o ato não pactuam. Ato e palavra são contraditórios. A palavra sinaliza um caminho. O gesto executa outro. Até quando?
Há que se respeitar o tempo de travessia, de cada um, na vida. Mas é preciso, tanto quanto, respeitar o nosso próprio tempo. Às vezes a gente pensa que ancorou no porto – nossas meia verdades. Está na hora de reescrevê-las... vou içar as âncoras, e navegar em alto mar.
Ainda não é chegado o momento de aportar.
"Não se comprometa. Tudo o que você tem é você mesma." Betty Ford
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