Ou sonho. Ou reconhecimento.
As exatas palavras para domingo, 13 de novembro.
O silêncio do dia
a fez mergulhar em si mesma. Quando deu por si, navegava dentro da
própria casa – que não era, senão, a própria vida. Casa
pequena, aconchegante, na sala um sofá bom para esparramar. Música
suave. Plantas e cores por todo o lado. A cozinha recendendo sabores,
aromas, amores. A casa plana, o quintal pequeno, as árvores, uma bicicleta na garagem. A casa do
irmão, perto dali. Flores e árvores pelas ruas. O dia com a luz da
hora que mais gostava: o crepúsculo. O dia bondoso e comprido – em suas horas cabiam o trabalho, o café, a livraria ou a
piscina, o jantar.
Nunca demorou-se
tanto em um mergulho... mas quando dele acordou, sabia – de novo –
o que fazer. A vida – uma vez mais – a acolhia, e lhe mostrava qual
caminho seguir.
"Há um vilarejo ali
onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
vê o horizonte deitar no chão"
Versos do lindo Vilarejo, Marisa Monte.
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