Para 08 de dezembro, quinta-feira.
Tudo o que eu não escrevi ontem...
Os
120 anos da Avenida Paulista, e minhas memórias de lá...
A formação das
memórias e sua relação com a emoção - releituras de Antonio
Damásio.
A passagem do
tempo e nossas percepções.
Ouvir piano no
meio da tarde, de passagem em uma estação do metrô.
A
cozinha e a escrita – lugares de alquimia.
Por que não
escrevi sobre nada disso? Porque me faltou tempo. Porque, ao final do
(longo) dia, o cansaço me impediu de, sequer, ligar o micro.
O que me faz
pensar que, ou escolhemos bem o que queremos fazer... ou nossa vida vai
passar assim, em branco. Rascunho não desenvolvido, tópicos mal
escritos de idéias – ideais? que abandonamos.
Precisamos saber
viver a própria vida... precisamos ter "o pasmo essencial",
a alegria diante da "eterna novidade do mundo".
"O
meu olhar é nitido como um girrassol
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando pra direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança, se ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando pra direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança, se ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo..."
Alberto
Caeiro, in O Guardador de Rebanhos.
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