O sentimento exato para terça-feira, 13 de dezembro.
Ao celebrar meu início de noite magicamente livre depois do segundo hospital do dia... Livraria Cultura. Adoro passear por lá e descobrir títulos ao acaso. Foi por acaso que passei a mão em Mar sem Fim, do Amyr Klink – será que foi mesmo "por acaso"?
Vai entender a vida...
Da leitura despretensiosa no café ao caixa foi um pulo. Ignorei o mal estar que sempre sinto ao ler no metrô, quase perdi o ponto de casa, e continuei lendo mesmo enquanto caminhava. Avidez... vontade de beber e de comer cada palavra. Eu chorei e ri, eu me assustei e me surpreendi com as aventuras marítimas de Amyr... mas o que foi aquilo, se não o feito de toda uma vida?
Será que eu já cheguei ao meu Southern Ocean? Ah, vida! Eu quero mais é mergulhar!
"Voltei para dentro, miraculosamente pouco ensopado. (...) Minutos depois, uma cachoeira lateral vinda do norte bateu na popa, no meio de uma descida de onda, de oeste. O Paratii atravessou. De toalha em punho, escorreguei até bater na parede oposta. Do lado de fora, a retranca, onde eu me encontrava minutos antes, mergulhou inteira na onda, com a vela panejando desesperadamente, até que o piloto retomasse o rumo. (...) Não era exatamente o modo como planejei virar o ano e começar vida nova. As deliberações de Ano Novo se resumiram a uma só: escapar vivo." (pág. 103)
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