Tive a ventura de olhar para o céu, hoje, durante o crepúsculo. Ele me encantou com os tons de vermelho, laranja, amarelo e azuis em degradê. Mais acima, as nuvens caminhavam. Passos lentos e precisos, iam na direção oposta à linha do horizonte.
Sempre gostei de olhar para o céu. A época em que mais me deixei enamorar por ele – e pelos crepúsculos – foi durante o colegial, porque nesse horário estava indo para a escola, e ficava lá, no tróleibus, com os olhos perdidos nas alturas celestes. O céu sempre me contou segredos, e ouviu paciente os meus.
Cresci, e não namoro mais o céu como antigamente. Mas, junto com o crepúsculo que ele me deu de presente hoje, veio o vento, murmurando em meus ouvidos que ele ainda está ali, a minha espera – basta eu querer ir... basta eu deixar me enamorar, de novo.
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