terça-feira, 19 de julho de 2011

Palimpsesto

Helena escreveu uma, duas, três versões possíveis, e não gostou. Lista de supermercado é sempre mais fácil...


Saiu da escrivaninha, abriu a janela, sorveu o ar gelado e úmido da noite boca, narinas, poros adentro. Se fosse pássaro, mergulharia naquele instante na escuridão da noite. Se fumasse, teria um cigarro aceso entre seus dedos naquele exato momento. Mas não era pássaro. E não fumava.


Helena era uma mulher com sentimentos retumbantes, com vida pulsando e latejando por todos os sentidos, tentando transpor tudo o que estava vivendo para o papel. Mas nem sempre a mensagem conta tudo o que se queria dizer... tal qual um palimpsesto.

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