Por causa de um exame médico, precisei hoje fazer uso de um medicamento que “me apagou”. Estranho quando a gente volta a si, porque você fica se perguntando uma série de coisas. Como um estado de sonho, um semi-acordado, um leve torpor...
E ai, há que se ter confiança. Porque você precisa acreditar que as coisas aconteceram como lhe foram contadas. Você não lembra o quê, não lembra como... “tinha um lapso no meio do caminho, no meio do caminho tinha um lapso”... mas não era pedra?
O quanto a confiança precisa ser cega? O quanto precisamos de um “leve torpor” na vida, no relacionamento, para que ele seja possível? Não nos é possível controlar tudo, o tempo todo. Aliás, tenho acreditado firmemente que não nos é possível controlar quase nada em nossas vidas, e em nós mesmos, durante todo o tempo.
Há que se ter um “leve torpor” na vida, para que seja possível, para acreditar, para se entregar. Para fluir.
Não resisto: eu estava mesmo muito sedada... e acabei de descobrir isso com o Marco, e nós dois rimos muito. Disse ele que, assim que saímos da clínica, ele teve dúvidas quanto ao retorno, e eu, muito naturalmente, disse para ele: "vire nesta rua e depois na segunda à direita". Nunca, absolutamente nunca, em sã consciência, eu diria "segunda à direita" para ninguém - minha coordenação motora não me permite isso... só se eu estiver fora de mim :)
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