sábado, 3 de setembro de 2011

Antônia


Essa é verdadeira...

Conheço uma mulher, a quem chamarei, aqui, de Antônia. Antônia, não o nome real – ainda que o verdadeiro seja lindo... mas um nome forte, tão forte como a personalidade dessa mulher.

Por razões não totalmente conhecidas – vai saber o que em nossa vida é escolha, o que é fruto de algo além de nosso controle – Antônia optou por não se casar. Solteira, sem filhos, empregou em seu trabalho toda sua vocação de cuidado, toda a vontade de servir ao humano, de organizar e de melhorar o mundo a sua volta. Antônia segue, um dia após o outro, incansável, transformando o mundo a sua volta.

O que há de mais belo nessa mulher, entretanto, não é o fato de como ela transforma em extraordinário tudo de comum que toca diariamente. A beleza maior reside na sua fragilidade. Às vezes parece que nem ela própria se dá conta – além de toda aquela força, a fragilidade feminina e doce que existe, e que ecoa em todos os seus atos.

Assim é Antônia: mulher forte, frágil, doce. Mulher como tantas de nós, e ainda assim como poucas, infelizmente.

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